quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ser, o Vento



Se me reencarna o ser
Que reencarne no vento
Que reencarne com a liberdade que merecer
Que me dê vitorias em tudo o que tento

Quero ser vento, porque vento não tem fome
Quero ser vento, porque vento tudo vê
Serei vento, pois vento não come
Serei vento, pois vento de nada está á mercê

Vento ou vendaval
Quero ser vento para bem e para mal
Vento ou brisa
Quero ser vento, isso só me valoriza

Afinal…se vento for… o que ganharei?
Ser o ser que sou… não será melhor?
Mas se fosse como o vento pelo qual passei
Não teria agitação…mas não amaria e seria pior…

domingo, 24 de outubro de 2010

Amor Matemático



As horas que passam
Não são mais do que somas,a minha vida subtraídas
E os problemas que me massam
São mais do que contas e formulas adquiridas

Não é mais que matemática o amor
Onde nos somamos os dois
E esperamos o resultado, seja ele qual for
Sem pensarmos sequer no depois

Sem pensarmos no resultado
De uma possível conta mal feita
A olharmos para a frente, lado a lado
Assim é que a vida se aproveita

Porque se o resultado da nossa soma for uma divisão
Porque não arriscar em vez de fazer já uma subtracção?
Porque seja qual for o resultado, terá valerido a pena
Porque vale sempre a pena, nós não nascemos de alma pequena

Porque tu mais eu e eu menos tu não dá o mesmo resultado
Porque não multiplicar o que temos
E no fim vemos
Se é isto aquilo que temos procurado?

Porque eu não quero que isto seja mais uma subtracção
Não procuro de modo nenhum chegar á divisão
Mas olhando para o tempo...a passar...não será isso que vamos ter?
Porque não ser feliz agora, em vez de prevenir o sofrer?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Calor do Sentimento



Espero por ti ao cair da noite
Para ver o teu brilhar
Mas o muro que nos separa
Não nos deixa tocar

Anseio pelo teu abraço
Que me aqueça na noite fria
Espero ser guardado no teu regaço
Espero ser beijado pelo amor que me recria

Guardo na minha mente a tua imagem
E o amor que por ti sinto, guardo-o no peito
Guardo esse sentimento em estado selvagem
E procuro repouso no teu leito

Procuro todos os dias saborear o teu amor
Saborear o teu carinho e a tua beleza
Procuro esse tão distinto sabor
Procuro o sentimento em sua pura natureza

Por e Para Ti



Pelo meu coração que não se cala
Pela minha boca que não fala
Pelas flores que nascem em mim
Pelas cores que me fazem assim

Entrego-te este sentimento que não esmorece
Dou-te o nome que o meu coração não esquece
Dou-to pois o teu ser, a minha alma aquece
Entrego-te pois o teu coração merece

Não esqueço, lembro sempre
No meu peito bate a verdade que não mente
Ora bate leve e lentamente
Ora bate bruto e prepotente

Quando te afastas os meus olhos encarnam
Sinto o sabor das lágrimas
Só os teus doces passos me acalmam
Só a tua voz pode virar as páginas

E em sonhos que me batem no peito
Vejo-te chegar brilhantemente
E até quanto te avisto no real me deleito
Contigo sinto-me um deus, sinto-o constantemente

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Calmaria Agitada



Na calma agitação
Agita-se calmamente
A paz do meu coração

Calma e pausadamente
Agita de forma louca
O meu ser, imprudentemente

O meu ser é errante
Mas calmamente espera
Que o teu venha galopante

Que venha para a minha esfera
Que me acompanhe a alma
Que ame o ser que por ti se esmera

Não procuro tirar-te a calma
Ou muito menos te agitar
Procuro dar-te paz de alma
Sem te pressionar

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Tempestade em dia de Sol



Hoje que é dia de Sol
A chuva bate-me na janela
Leva-me á tempestade longe do farol
Arrasta-me para o mar triste, numa sacudidela

Nesta tempestade não vejo sol nem lua
Já longe estou da vida
Nesta tempestade demonstro-me de alma nua
Mas não tenho ilha para guarida

Nas magoas de uma duvida constante
Naufraguei-o sem conseguir escapar
Procuro a verdade rutilante
Para poder viver e amar

Não me interessa a mim o futuro
Apenas procuro viver o presente
Vive-o comigo agora salvação! Tira-me do escuro!
Vive-o comigo que eu sou teu crente

Creio no presente feliz
Creio que contigo o consigo
Acredita em mim, não sou o único aprendiz
Vem! Vive a felicidade comigo!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desnorteado



Hoje o Sol não amanheceu
A chuva não choveu
E o dia ainda não acabou

Hoje o Amor não amou
A amizade não amigou
A alegria desapareceu

Neste dia
Desapareceu a folia
Chegou a verdade

Chegou sem maldade
E sem criatividade
Era o que previa

Hoje não vejo Sol no azul
Não vejo Lua no baul*
Não vejo saída do labirinto

Hoje digo a verdade e não minto
Não te sei mostrar o que sinto
Perdi o meu norte e o meu sul


*Baul=forma antiga de baú

domingo, 3 de outubro de 2010

Adeus



Quando não precisares de mim deixarte-ei
E como o orvalho da manhã desaparecerei
Quando o sentir, será a hora
E por saber que esse dia chegará, choro agora

Já esteve próximo esse fatídico dia
Nessa hora eu chorava e não sorria
Mas quando o dia chegar terei de sorrir
Porque será melhor assim, será melhor não me veres partir

Quando eu desaparecer não chorarás
Pois a minha falta não sentirás
E num só trago me esquecerás
A mim e ao que te trouxe, e nunca mais me olharás

Por saber que me vais esquecer, fico infeliz
Mas peço-te apenas por favor vive feliz
Não será por eu desaparecer que não terás alegria
Sorri para a vida, adeus até qualquer dia

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Caldo Português



(este poema estou a por aqui porque como disse que ia por vários rascunhos textos e poemas...este não se baseia no mesmo estilo que os outros...e filo ontem para o meu irmão por causa da escola...por isso aproveito...e meto aqui...é diferente dos outros mas espero que gostem a mesma ;)

Em Caldos portugueses
Onde me sinto o Zé do Povo
Trabalho para míseras férias, meses
E quando acabam volto a trabalhar de novo

Mexem, mexem e tudo fica na mesma
Este nosso povo que tanto procura
Avança que nem uma lesma
Se é que não recua á loucura

Encontra-se a boiar no caldo um pouco de tudo
E como se não bastasse parece um conto de fadas
Encontramos o Pinóquio que não é mudo
Que não se engasga nas suas afirmações “aguadas”

Se não sabeis o que fazer
Nem eu tão pouco
Não sei o que fiz para o merecer…
Bebi deste caldo e vivo como um louco