terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A cada dia




Mais que os tormentos são as saudades
E superam as tristezas as felicidades
Não diria que é porque te faço feliz
Mas porque tu me fazes a mim
Sim...porque me fazes sorrir sem medir nada
Porque me fazes voar como se fosses uma fada
Desde que nos cruzamos deixaste-me assim...
Ainda hoje me admiro como tal sentimento cabe dentro de mim...

Confesso que nem todos os dia olho para trás profundamente
Mas acredita que olho sempre...
E quando esgravato a minha mente...
oh...quando esmiúço a minha loucura e inconsciência...
Em mim se insurge a emergência...
A necessidade de meus olhos provarem o sal da água
De vidrarem o vermelho do sangue e penso:
"Fui tão feliz"
Sortudo como mais nenhum...
Aquele que presenciou o descolar dos colibris...

Talvez não o faça sempre, ou não o faça o suficiente
Mas tento a cada dia e seja a resposta qual for
Ao mais pequeno alvor
Suplico que acabe o suplicio e que sejas apenas feliz
Rezo para consegui-lo e para ser beliz
O suficiente para te admirar mais vezes quando sorris

Raízes






Hoje, talvez mais do que nunca quero voltar as origens
Quero voltar a inocência e ao dia em que as palavras eram isso mesmo
Palavras...significavam o que se ouvia
Dizia-se o que se sentia
Naquele tempo em que nada me fugia...

Hoje, o chão foge-me dos pés vezes que nem consigo contar
Agora, que corro a outras velocidades já começo a suar
Hoje, as palavras são sentidas mas por vezes apenas eu as percebo
Agora, cada vez que abro a boca sinto o medo...
O medo de não me fazer entender
Que não sintam as minhas palavras como as sinto
Medo do mundo me esquecer
O receio de não verem o que pinto

Hoje, perco-me e nem sempre há alguém que me guie
Porque agora há caminhos que apenas eu faço
Caminhos que apenas podem ser meus e de mais ninguém
Caminhos cheios de nada e de desdém

Hoje, sinto vontade de voltar as raízes...
De curar as cicatrizes
E continuar pertinaz
Hoje, desejo não haver juízes
Que todos sejam felizes
E ficar em paz