Quando seca a fonte
E o nada aparece de fronte
Me beija o vazio com árida boca
As pedras são pó
E ao longe, Caronte
Me espera desnudo e só
Areia negra como as nuvens no céu...
Carvão nas mãos e nos olhos o sal
Uma névoa como véu
E uma dor colossal
Sensação inexistente que permanece no mal
A invisível sensação que me consome
O apedrejamento da alma morta
A sensação da barriga cheia, consumida pela fome
A sinuosidade da rua torta
Á espera da luz que aquece
No chão frio que não esmorece
Sou aquele que o tempo esquece
Nesse luar em que anseio meu lar
Anseio partir e chegar...
Luz...vem-me buscar
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