Quando choras cai no dia uma chuvada imensa
O frio impiedoso chega
O dia, que deixa de ser dia, envolve-se numa imensa escuridão
Porque o sol se extingue
Eu, caio com a chuva
Ou a chuva cai comigo
Nem sei se não sou eu que caio na chuva…
Só sei que caio num abismo imenso
Onde o amargo é extenso
E as flores murcham…
A tua ausência dilacera os sorrisos do mundo
As sortes são azares porque me tentam distrair de ti
Mas falham…porem pioram…pioram porque não estás aqui
Nada me serve se não partilhar contigo…
Quando adormeces no silêncio e eu adormeço silenciosamente
Oiço o choro da minha alma, um choro abafado, esganado de ar
As minha lágrimas jorram das paredes e caio na cama novamente
Mas a cama é cimento frio nessa altura e não há fogo que me abrigue desse gelo
As minha lágrimas jorram das paredes e caio na cama novamente
Mas a cama é cimento frio nessa altura e não há fogo que me abrigue desse gelo
Saio de mim e vou para a rua…nu…caminhar na noite escura e
gelada
Como se fosse um zombie…como um misero agarrado em pura
ressaca psicótica
O meu coração rebenta, e para meu azar recompõem-se para
rebentar novamente
Os meus olhos quase reviram, mas mantêm-se firmes no horizonte
Enchem-se de lágrimas e queimam-me a cara
Já não sou ninguém, já não sou nada
Quando volto a casa? Quando volto a mim? Não sei…acordo no dia seguinte na cama
Com cicatrizes que só eu vejo…que só eu sinto….
Eu sou assim sem ti…eu sou assim quando não minto…
Os meus olhos quase reviram, mas mantêm-se firmes no horizonte
Enchem-se de lágrimas e queimam-me a cara
Já não sou ninguém, já não sou nada
Quando volto a casa? Quando volto a mim? Não sei…acordo no dia seguinte na cama
Com cicatrizes que só eu vejo…que só eu sinto….
Eu sou assim sem ti…eu sou assim quando não minto…