terça-feira, 16 de novembro de 2010

Anjo da Morte



Se olhares os meus olhos...
Não verás os globos oculares de um poeta
Verás os lúgubres olhos de um pateta...

Estará diante de ti
Alguém de fúnebre aspecto
E perder te-ás na melancolia
Do olhar do incerto

Pois se neles olhares mesmo...
Verás a tristeza que me seca a alma
Os tormentos que me tiram a calma
E chorarás comigo

Chorarás lágrimas de tristeza
E águas de alegria
Por não seres o que eu sou
E eu ser o que te repudia

Estarás na escuridão
Onde a luminosidade não toca
E serás tu a tua própria luz
De quem a própria alma é devota

Não perceberás cada palavra
E perceberás todas elas
Serás as próprias confusões
E terás a resposta para todas elas

Sentirás toda a minha mentira
Verás a minha luz e a minha ira...
Pois são um mesmo, o bem e o mal
Pois são um só, um todo igual

Espera então a confusa verdade
Num cavalo branco a trote
Já que nunca me entenderás...
Pois eu sou o Anjo da Morte

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