terça-feira, 2 de novembro de 2010

Reflexão de um Louco (eu)



Por vezes fico acordado
Quieto e calado
A olhar em frente
A pensar no presente
A pensar no passado

Nesses dias vejo a poesia
Chama-la palpável pode ser heresia
Mas vejo-a em mim a morrer
Vejo-a em mim renascer
Chega a doer,mas acaba em alegria

Amor e poesia são território sagrado
E quem neles entra é sagradamente castigado
Mas para mim não me importa
Por ambos o meu corpo o castigo suporta
Porque não há nada mais belo que o ser amado

Por isso me atrevo a escrever na língua do amor
E nutro o sentimento divino sem temer a dor
Porque amor e poesia são para mim ambrósia
Fazem o néctar que me dá vida e me recria
São a chave da minha calma e furor

Por isso olho para cima aos deuses e sorrio
Não saberão eles talvez a razão...
Mas o mortal que os olha, é mais feliz e poderoso que o olhar
Porque esse mortal (eu) não tem medo de amar...

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