quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Do Sinai



Para começar e sem qualquer hipocrisia
Quero dizer que és a luz em cada novo dia
Quero deixar aqui tudo aquilo que penso
Aquilo que é difícil dizer e escrever por extenso

Então para começar fica sabendo isto vem do “meu Sinai”
Por isso, lê bem o que te escrevo, cá vai:

De ti não me vou esquecer
Porque quem amo, não esqueço
Se calhar tenho que sofrer
Se calhar até mereço

Quando me olhas, perco-me, vejo o luar
Quando me sorris, procuro-te, fazes-me sonhar
Quando me falas, ouço-te, fazes-me relaxar
Quando me tocas, sinto-te, fazes-me ressuscitar

Nunca te achei perdido caso nem por um segundo
Quando “sais-te” não deixei que desabasse o mundo
Mas a verdade…é que grande parte dele desabou
Tentei reconstruí-lo mas vi que pouco dele sobrou

Não te vou mentir, digo-te, sem ti amo também
Mas amar como te amo a ti ainda não amei ninguém
Não quero, nem vou ignorar, nem tratar-te com desdém
Não vou tentar fugir e compensar-me com um harém

“Tento-te fugir” mas não consigo nem por nada
Não é culpa tua, mas a minha alma fica paralisada
Por saber que não me amas tento-te “esquecer”
Mas sei segundos a seguir que tente o que tente, vou perder

Por isso sigo o meu caminho tentando-me distrair
Contentando-me com o luar e com o Sol a rir
(E penso:)
“Uma vez mais não consegui dizer tudo…não disse nada
Nunca consigo acabar este infinito, pela minha alma apaixonada”

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Checkmate (ao Amor)



Á muito que o jogo começo e eu nem me mexi…
Moves as peças tão suavemente que nem entendi…
Aos poucos “Checkas-me” como se eu não soubesse jogar
E eu como todos os loucos caio mas acabo por me levantar

Talvez nem tu tenhas percebido que começaste a mexer peças
Talvez nem o tenhas feito de propósito…talvez a culpa não mereças
Mas na realidade,mesmo eu sabendo isso,não consigo deixar de olhar
Mesmo pensando que é despropositadamente e que ainda me vais amar

Mesmo dizendo que tudo foram verdades e nunca escondeste nada
Mesmo sabendo que faria sempre tudo por ti por seres minha amada
Não deixo de me revoltar contra aquilo que me faz viver e levitar
Não consigo não me questionar…e não ver quem estou a amar

Talvez não percebas que te dirijo isto,talvez esteja a ser até precipitado
Mas o que é facto é que isto que penso e sinto, não consigo pôr tal de lado
Talvez seja eu quem tenha desenhado os quadrados pretos e brancos
Talvez estejamos no cinzento e eu não tenha reparado,mas são tantos

Por isso movi já o peão até ti…não sortiu qualquer tremor…
Por isso na diagonal avancei a Rainha e fiz Check ao meu amor…
Sim…está em Check pois estou cansado, de pensar e te tentar
Porque acho que começa a chegar a hora, de finalmente parar…

Por isso não quero demorar mais…se calhar sou fraco em fugir…
Mas quero sair daqui e continuar a ver-te na mesma a sorrir
Por isso não pares a pensar que deixo que teu ser “mal me trate”
Pois se reparares...Sim!Olha de novo para o tabuleiro…Checkmate!

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Pai



Ao meu Pai, Mestre e a cima de tudo Amigo...

Se tal afecto e admiração couberem em poema
Escreverei o tanto que sinto e admiro sem problema
Gritarei a sorte que tenho por ter alguém assim
Tentarei até a morte mostrar o que dele tenho em mim

Mais que um Amigo, é o meu grande protector
Não tem medo de se magoar para eu não sentir dor
Mais que Mestre, é a meta que devo atingir
Sacrifica-se por mim só para me ver sorrir
Mais que um Pai, é o Deus todo poderoso e Omnipresente
Aconselha-me e protege-me com a palavra Omnisciente

É a luz que ilumina os meus passos no ladrilho da vida
É o escudo que me protege da guerra e da tempestade dá guarida
É as lágrimas que me escorrem por ainda não ser como devo
É a tinta, o suor e o sangue em cada poema que escrevo

É a metade de mim porque a outra metade na minha mãe está
É quem me completa o incompleto e afasta toda a coisa má

É a rima cruzada que emparelha na minha mente e se dispersa
São as palavras que debito no turbilhão da minha vida adolescente
É a palavra e a crença no melhor do mundo na minha mente submersa
São os desejos que me levam a elevar-me e a ser "o" proeminente

Na subjacência que subjaz na sola de Deus, resido eu, no pó calcado
Que pelo meu Mestre progenitor é forte mas lentamente soprado
Misturando o pó com a água e fazendo o barro!
O material com o qual eu fui criado!

Então, mesmo desiludindo, tento lutar para que se orgulhe sempre...
Para que me olhe todos os dias e pense em mim como o seu sucesso
Assim procuro guiar-me pelos erros e não repeti-los de forma frequente
Mesmo que não seja essa a aparência que no dia-a-dia expresso

Por isso, tento expressar a minha enorme estima
Tentando que caiba tudo nesta pequena rima
Pois não merece menos o meu Pai que a minha obra-prima