quinta-feira, 7 de abril de 2011

A Musa que amo



Assomam-se sem ti as horas perdidas
E da minha boca solta-se o murmúrio rouco:
“Amo-te! Não me deixes, nem às nossas memorias esquecidas”
Pois é por ti que luto e por ti que sou louco

Sou pele, osso e carne, simples e pura
Não sou deus nem a grande verdade
Mas sou quem te olha com ternura

Recebe o cálice com o sumo que sou
Para ires comigo para onde eu vou
Para ir contigo para onde fores
Pois estar contigo é estar na ilha dos amores

Outrora musas me inspiraram
Agora, apenas uma me inspira
Pois ao sentimento não chegaram
E esta única (tu) brilha mais que safira

O teu sorriso é para mim o sustento
Para o ver passava por qualquer tormento
Contigo tudo parece feito de amor e rosas
É como se não houvesse coisas dolorosas

Quando os meus olhos fitam os teus
Acende-se a magnânima ternura no meu ser
E quando te toco sinto-me um deus
Que uma deusa está a tecer

Por isso escrevo estes poemas de apaixonado,
Por te amar e por não aguentar calado

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