segunda-feira, 21 de janeiro de 2013




Chamava-te estrela mas és muito mais do que isso
Essa luminosidade é o ponto que não passa submisso
Não és luz de fundo
És luz do mundo
E sem esse calor eu era mais um defunto

Iluminas qualquer quarto escuro
Por isso nunca me escondo
Sou pouco maduro
Mas sempre me encontro
Porque a tua luz me deixa a nu
Por isso oscilo mas não parto, como o bambu

O meu segredo? Eu diria que és tu
Se não, seria tão forte este sentimento cru?
Cru, em bruto e solido como um diamante
Gigante e esplendoroso e ainda mais brilhante
E não obstante
Quase por inteiro escondido de qualquer vigilante

É curioso porque não sei como se esconde luz tão grande
Não que não seja visível, mas porque o total colosso nem brande
Nem é visto por marinheiro nem astrónomo
Tem ritmo, mas sem se reger por metrónomo
É musica surda e luz invisível
É a esperança do futuro e a aparição do bom e imprevisível

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