
Rasga-se o ser, o homem e o poeta
Permanece a paixão que nada tem de incerta
Esvai-se a poesia na rua fria da cidade
Este grande amor é velho, mas sem idade
As luzes brilham menos quando não estás
O asfalto é mais escuro quando não te dás
O caminho é mais curto e sem beleza
O dia é mais longo e com mais tristeza
Quando não estás, o amor não existe
E então essa dor da distância persiste
Persiste em me massacrar pela saudade
Rasga-me a pele sem qualquer piedade
Aí insurgem-se as nuvens que me fazem chorar
Que me acinzentam mais o dia… que me querem matar
Pior é que elas nem existem, nascem da minha loucura
Porque fico louco sem ti…e estar contigo é minha cura
Passam vultos que se avultam em meu redor
Parecem todos “pares” e por estar só começa a dor
A dor de ainda não te ter…e dói mais por tanto te amar
Por isso me revolta a distância e a essa não vou perdoar
Amaldiçoo todos os dias essa maldita distância
Que em todas as horas por ti tento enfrentar
Porque sei que vale a pena em toda a instância
E por isso a tento tão afincadamente eliminar
Mas a distância em nada nos diminui
Até diria que nos engrandece
Mas meu ser sem ti, frio possui
Agora espero o teu beijo que me aquece
Muito bom, Miguel!
ResponderEliminarMuito obrigado Etta =P
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