terça-feira, 28 de setembro de 2010

Alma Enevoada



Há névoa nos meus olhos
E isso fá-los arder
Ardem e ficam vermelhos
O que fiz eu para os ter?

Quase necessito dela para olhar a vida
Quase a necessito para viver
Quase só a ela busco pura guarida
Quase só ela me acaba por esconder

A cada dia morro nesse nevoeiro
Renasço na manhã esperando um novo dia
Mas não passa de outro negreiro
Não é novamente aquilo que eu queria

Por isso sigo os meus dias nessa neblina
Passo por eles como a fumaça
É tão presente que até parece sina
Preciso de alegria que me mate a traça

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