quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Mulher Fatal



Fatal mulher és tudo aquilo que procura o homem
Quando me olhas os teus olhos me consomem
Quando me tocas consegues fazer magia
Se me beijares deixar-me-ás em euforia

És tudo, és perfeita, inteligente e bonita
O teu nome o meu coração sempre debita
Quando te vejo minha alma não hesita
Começo a aquecer, teu corpo na minha mente orbita

És provocante, apaixonante
Se quiseres levas-me á loucura num instante
Podes sair e entrar na minha vida de rompante
Perdoo-te tudo pois o meu amor por ti é constante

Mulher fatal, és nirvana e inferno
És loucura e paixão onde sempre alterno
E mesmo com defeito, és ser superno
Pois provocas em mim o sorriso eterno

Enfeitiçaste-me no dia que te conheci
Agora deleito-me só de olhar para ti
Meu corpo te encontra, o meu coração sorri
De um mal tão bom assim, nunca na vida sofri

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Uma nova musa



De uns olhos que irradiam uma profunda beleza
Nascem leves e brilhantes os olhos desta musa
Como se nascessem duas lagoas naquele olhar de pureza
Na pura água que mata a cede, que a recusa

No sorriso surgem estrelas que enaltecem
A negrura da noite que os cabelos tecem
E na fala é cantado o silêncio da noite calma
Como quem chama todos os seres com alma

Esta musa é diferente pela sua humildade
Musas são sempre belas, mas nem todas têm sinceridade
Esta sim…esta tem e é sinceridade sincera
Não procura a luz…aliás para fugir dela se esmera!

Foge da luz como se não lhe pertencesse
Mas é á luz que pertence, e vive como se esquecesse
Por isso sem esconder, esconde o que tem de bom
E vive naturalmente como se tal não fosse um dom

Por isso ainda é um “puzzle”, um algo por descobrir
Mas das peças que já tenho é indubitável a beldade
Que se vê no interior deste ser que se está a “construir”
Onde se vê por inteiro a sua grande paixão e bondade

sábado, 8 de janeiro de 2011

Epopeia



Sem folha ou caneta escrevo as minhas epopeias
Escrevo-as no ar com a tinta que me corre nas veias
São a tinta azul, pela nobreza das palavras e pessoas
Que lá estão presentes, no meu ser, na ilha das mil lagoas

Escrevo epopeia nobre da história dos que me rodeiam
Não guardo páginas, tinta, ou rancor aos que me odeiam
Àqueles que amo, dedico a nobreza que tirar da vida
Por eles derramo o sangue, suor e lágrimas na alma contida

Por isso, todos os dias, a cada segundo sinto-os no peito
E sem nada conquistar, de os ver a sorrir sinto-me satisfeito
Eu que choro e sinto o choro dos meus
Quero apenas a paz utópica negada por Deus

Eu que não temo a morte e procuro a aventura
Sou o dono e senhor da pouca sorte e da loucura
Dedico a minha vida o que nela há a quem me ama
São esses os sentimentos que a minha alma chama

Não me amedronta a vida nem o caminho mordaz
Porque sei que só no fim encontramos a calma e paz
Porque quem corre por gosto vai sempre chegar mais longe
E porque é o amor que me inspira a viver como um monge

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Falta



Preciso da alma que perdi
Da alma que sorri
Da alma que festeja
Onde há alegria e amor de sobeja

Tenho-a aqui
Mas agora ela não sorri
Será este vazio momentâneo?
Ou virá para ser meu conterrâneo?

Não é vazio…é falta
Não há mais aquilo que de mim salta…
Não há mais o que me fazia pensar
Não existe agora o que me fazia sonhar…

Porquê?! Porquê agora? Porquê assim?
Porque me faz tanta falta, isto a mim?
Porque não consigo descansar sem isso?
Porque não consigo manter tal submisso?

Sim! “Isso” pois não sei o que é…
Não é um “aquilo” pois está aqui ao pé…
É quase palpável, mas de “tom” translúcido
Não sei o que é…mas deixa-me lúcido

Volta e vai…e agora voltou…
Anda e cai…e ainda não ficou…
Espero até a próxima partida…
Para chorar até ao novo regresso, da batida…

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Amor em Sal



Hoje sei de fonte certa que amor não é mal
Porque notei em linha recta, que amor é sal
Paixão é água do mar, pois quanto mais se beber
De certo, do efeito do sal, mais cede se vai ter

No amor o silêncio é mar sem ondas
É uma imensa área sem recheio
É o mar das zonas mais profundas
É o apocalipse de enorme receio

Por isso sinto bem o sabor das minhas lágrimas
Sabem elas não mais que a amor
Transportam as mais duras lástimas
Trazem as mais bonitas felicidades e a dor

Por isso hoje conheço a efemeridade do sentimento
Hoje conheço o ruborescer da minha face
Sei o quão ímpios conseguimos ser para o amor com alento
Sei o confuso que somos em todo e nenhum desenlace

Por tudo isso sofro deste espasmo…
Onde estou? O que é este louco orgasmo?!
É o amor…aquele que me invade as veias
Que está em mim e se espalha em mil teias

Esse amor tem nome
Tem o nome da amada
E por mais que os some
Por serem um mesmo, não dá nada

Ela é como o vento dos meus sonhos
É o brilho nos meus olhos
E posso dizer que amo, sem barreiras ou fronteiras
Que a amo até onde o infinito chegar…

Por isso, feliz ou contente
Antes que o sol se aposente
Na doce melodia do adeus
Desejo que os meus lábios toquem os teus

Fumaça



Do fumo nasço
Como quem espera á muito renascer
Leve e incauto traço
O caminho na fumaça do meu ser

Apareço do nada como se invisível fosse
Do interior do fumo apareço
Num leviano toque, do fumo doce

Do fumo que não é nevoeiro
Da neblina que não é vapor
Delineio a minha face no carvoeiro
Na negrura da dor

Negra e fúnebre é a dor do carvão
Mas arde-me loucamente no peito
O fogo do amor e da paixão

Por isso esvaio-me em fumo
Como se de fumaça me tratasse
Sem destino nem rumo
Como se o destino eu traça-se