
Sem folha ou caneta escrevo as minhas epopeias
Escrevo-as no ar com a tinta que me corre nas veias
São a tinta azul, pela nobreza das palavras e pessoas
Que lá estão presentes, no meu ser, na ilha das mil lagoas
Escrevo epopeia nobre da história dos que me rodeiam
Não guardo páginas, tinta, ou rancor aos que me odeiam
Àqueles que amo, dedico a nobreza que tirar da vida
Por eles derramo o sangue, suor e lágrimas na alma contida
Por isso, todos os dias, a cada segundo sinto-os no peito
E sem nada conquistar, de os ver a sorrir sinto-me satisfeito
Eu que choro e sinto o choro dos meus
Quero apenas a paz utópica negada por Deus
Eu que não temo a morte e procuro a aventura
Sou o dono e senhor da pouca sorte e da loucura
Dedico a minha vida o que nela há a quem me ama
São esses os sentimentos que a minha alma chama
Não me amedronta a vida nem o caminho mordaz
Porque sei que só no fim encontramos a calma e paz
Porque quem corre por gosto vai sempre chegar mais longe
E porque é o amor que me inspira a viver como um monge
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