terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Fantasma Invisivel



Porque me olhas? Sou só um fantasma…
Não me olhes, que os teus olhos o meu coração pasma…

Sou só um fantasma…que mesmo morto dá problema
Sou só mais um com “a vida” como lema
Se sou um invisível aos olhos teus…
Sou invisível aos olhos de todos até aos de Deus!

Não me vês…
Ninguém me vê…
Não me lês…
Ninguém me lê…

Sem ti sou uma alma penada…
Sem ti sou um fantasma, não sou nada!
Nada sou, por isso não me sentes…
Não te tenho, não tenho olhos contentes!

Por não te ter, sou poeira
Quem sou eu? O que é esta cegueira?
Não vejo nada e nada me vê
Ninguém me sente…mas porquê?!

Quando fecho os olhos estás aqui comigo
Mas quando os abro daqui desapareces…
Onde estás? O que se passa contigo?
Sou eu que não te mereço, não és tu que não que me mereces!

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O nome que te dava



Não te daria um nome de flor
Se um nome te tivesse de dar
Pois apesar de darem amor
As flores também fazem chorar

Rude pode parecer
Mas se reparares bem
Tem muito que se lhe dizer

Terias nome de muralha, escudo
Pois apesar de tantas adversidades
Protegeste-me sempre de tudo

Puseste-me um brilho no olhar
E com tanto carinho que me deste
Nunca me fizeste chorar

Sempre com a minha felicidade te preocupaste
E descuidando no teu próprio sorriso
Sem saberes, o meu conquistaste

Porque mesmo sem eu nada te dar
Tudo me deste
Porque mesmo sem eu te abraçar
Carinho sempre me deste

Não quero dar um obrigado mudo
E só me resta que ao meu agradecimento
O teu ser não seja surdo

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Caído



Hoje...no frio da noite
Sentado na Lua a olhar as estrelas
Conto-as todas, caio dela
E olhando para cima procuro as mais belas

Da Terra vejo-a longe
Caí ainda agora mas parecem anos
Agora ao amor, peregrino, sou monge
E sinto na pele os necessários danos

Já mais me arrependerei
De seguir a religião lunar
Seguirei sempre o amor
Mas tenho de “outro astro” procurar

Não é uma desistência
Nem uma infidelidade
Simplesmente já não me procura
Este astro da beldade

Por não me procurar mais
Não devo mais o amor incomodar
Já o sabia a tempo demais
Mas decidia continuar

Já me tinha anteriormente desligado
Mas amor…sobra sempre um bocado
Por isso desta vez com ou sem sobras
Continuarei como sempre sorridente, sem manobras

No fim desta noite…novo dia nascerá
Como de costume a Lua já não me procurará
E nessa manhã apenas esperarei que a luz matinal me ilumine
Que encontre um novo dia…que me fascine…

Agora…fitando ligeiramente a Lua…olho o céu e as estrelas
Sei que algumas brilham apenas para mim
Mas o que tenho a dizer a todas elas:
“Por agora são só estrelas, vocês que brilham assim”

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Anjo da Morte



Se olhares os meus olhos...
Não verás os globos oculares de um poeta
Verás os lúgubres olhos de um pateta...

Estará diante de ti
Alguém de fúnebre aspecto
E perder te-ás na melancolia
Do olhar do incerto

Pois se neles olhares mesmo...
Verás a tristeza que me seca a alma
Os tormentos que me tiram a calma
E chorarás comigo

Chorarás lágrimas de tristeza
E águas de alegria
Por não seres o que eu sou
E eu ser o que te repudia

Estarás na escuridão
Onde a luminosidade não toca
E serás tu a tua própria luz
De quem a própria alma é devota

Não perceberás cada palavra
E perceberás todas elas
Serás as próprias confusões
E terás a resposta para todas elas

Sentirás toda a minha mentira
Verás a minha luz e a minha ira...
Pois são um mesmo, o bem e o mal
Pois são um só, um todo igual

Espera então a confusa verdade
Num cavalo branco a trote
Já que nunca me entenderás...
Pois eu sou o Anjo da Morte

Ruas da Vida



As frias ruas estão desertas
Já não sei onde me aquecer
Não sei as casas certas
Nem como a minha tristeza esquecer

Estou farto de por aqui vaguear
Quero encontrar a minha casa
Já estou cansado de por aqui andar...
Quero voar daqui, mas não tenho nem uma asa

Quero que as minhas palavras se façam anjos
Que voem para o coração de todos e os iluminem
Que me elevem ás nuvens e me deixem descansar
Quero nos calmos céus repousar

Quero expressar o que sinto
Deitar fora a raiva e maldade
Deixar na rua aquilo que a rua pertence..
Deixar a vida com saudade

Darei asfalto ao asfalto
E água á chuva
E vida á gente
Quero deixar a quem não falto
Quero viver contente

Quero sentir a rua o ar e tudo
Quero ser tudo e não ser nada
Quero paz em suma
Quero o sonho da realidade

Libertem-me das correntes
Dêem-me a liberdade...
Beijem-me e abracem-me a alma
Deixem-me viver sem a saudade

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Raiva



Puta que pariu!
Se a puta da vida de mim riu!
Caralhos fodam a merda da sorte!
Que mil e uma macacos mordam a morte!

O azar, e o silencio só me fodem a vida!
Mas as putas das palavras também não dão guarida!
Porque haveria eu de merecer tal?!
Fiz eu sem saber algum mal?!

Fodasse lá para a poesia!
Que nada me dá! só melancolia...
E as palavras que não são ditas...
Mas que sabes e hesitas...

A confusão que fica...
Na puta da minha alma que hesita...
E as palavras que a minha boca debita
Não são mais que merda que o som fita

Merda de poeta,eu
Sou mais alguém que sofreu
Mas não é a raiva que me invade...
É mais a tristeza que me dissuade

Para a todos dar a liberdade
Pelo bem, sem maldade
Para que ninguém se prenda a mim
Que fique tudo bem, e não assim...

(Desculpem o palavriado...escrevi como saiu)

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Reflexão de um Louco (eu)



Por vezes fico acordado
Quieto e calado
A olhar em frente
A pensar no presente
A pensar no passado

Nesses dias vejo a poesia
Chama-la palpável pode ser heresia
Mas vejo-a em mim a morrer
Vejo-a em mim renascer
Chega a doer,mas acaba em alegria

Amor e poesia são território sagrado
E quem neles entra é sagradamente castigado
Mas para mim não me importa
Por ambos o meu corpo o castigo suporta
Porque não há nada mais belo que o ser amado

Por isso me atrevo a escrever na língua do amor
E nutro o sentimento divino sem temer a dor
Porque amor e poesia são para mim ambrósia
Fazem o néctar que me dá vida e me recria
São a chave da minha calma e furor

Por isso olho para cima aos deuses e sorrio
Não saberão eles talvez a razão...
Mas o mortal que os olha, é mais feliz e poderoso que o olhar
Porque esse mortal (eu) não tem medo de amar...

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Ser, o Vento



Se me reencarna o ser
Que reencarne no vento
Que reencarne com a liberdade que merecer
Que me dê vitorias em tudo o que tento

Quero ser vento, porque vento não tem fome
Quero ser vento, porque vento tudo vê
Serei vento, pois vento não come
Serei vento, pois vento de nada está á mercê

Vento ou vendaval
Quero ser vento para bem e para mal
Vento ou brisa
Quero ser vento, isso só me valoriza

Afinal…se vento for… o que ganharei?
Ser o ser que sou… não será melhor?
Mas se fosse como o vento pelo qual passei
Não teria agitação…mas não amaria e seria pior…

domingo, 24 de outubro de 2010

Amor Matemático



As horas que passam
Não são mais do que somas,a minha vida subtraídas
E os problemas que me massam
São mais do que contas e formulas adquiridas

Não é mais que matemática o amor
Onde nos somamos os dois
E esperamos o resultado, seja ele qual for
Sem pensarmos sequer no depois

Sem pensarmos no resultado
De uma possível conta mal feita
A olharmos para a frente, lado a lado
Assim é que a vida se aproveita

Porque se o resultado da nossa soma for uma divisão
Porque não arriscar em vez de fazer já uma subtracção?
Porque seja qual for o resultado, terá valerido a pena
Porque vale sempre a pena, nós não nascemos de alma pequena

Porque tu mais eu e eu menos tu não dá o mesmo resultado
Porque não multiplicar o que temos
E no fim vemos
Se é isto aquilo que temos procurado?

Porque eu não quero que isto seja mais uma subtracção
Não procuro de modo nenhum chegar á divisão
Mas olhando para o tempo...a passar...não será isso que vamos ter?
Porque não ser feliz agora, em vez de prevenir o sofrer?

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Calor do Sentimento



Espero por ti ao cair da noite
Para ver o teu brilhar
Mas o muro que nos separa
Não nos deixa tocar

Anseio pelo teu abraço
Que me aqueça na noite fria
Espero ser guardado no teu regaço
Espero ser beijado pelo amor que me recria

Guardo na minha mente a tua imagem
E o amor que por ti sinto, guardo-o no peito
Guardo esse sentimento em estado selvagem
E procuro repouso no teu leito

Procuro todos os dias saborear o teu amor
Saborear o teu carinho e a tua beleza
Procuro esse tão distinto sabor
Procuro o sentimento em sua pura natureza

Por e Para Ti



Pelo meu coração que não se cala
Pela minha boca que não fala
Pelas flores que nascem em mim
Pelas cores que me fazem assim

Entrego-te este sentimento que não esmorece
Dou-te o nome que o meu coração não esquece
Dou-to pois o teu ser, a minha alma aquece
Entrego-te pois o teu coração merece

Não esqueço, lembro sempre
No meu peito bate a verdade que não mente
Ora bate leve e lentamente
Ora bate bruto e prepotente

Quando te afastas os meus olhos encarnam
Sinto o sabor das lágrimas
Só os teus doces passos me acalmam
Só a tua voz pode virar as páginas

E em sonhos que me batem no peito
Vejo-te chegar brilhantemente
E até quanto te avisto no real me deleito
Contigo sinto-me um deus, sinto-o constantemente

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Calmaria Agitada



Na calma agitação
Agita-se calmamente
A paz do meu coração

Calma e pausadamente
Agita de forma louca
O meu ser, imprudentemente

O meu ser é errante
Mas calmamente espera
Que o teu venha galopante

Que venha para a minha esfera
Que me acompanhe a alma
Que ame o ser que por ti se esmera

Não procuro tirar-te a calma
Ou muito menos te agitar
Procuro dar-te paz de alma
Sem te pressionar

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Tempestade em dia de Sol



Hoje que é dia de Sol
A chuva bate-me na janela
Leva-me á tempestade longe do farol
Arrasta-me para o mar triste, numa sacudidela

Nesta tempestade não vejo sol nem lua
Já longe estou da vida
Nesta tempestade demonstro-me de alma nua
Mas não tenho ilha para guarida

Nas magoas de uma duvida constante
Naufraguei-o sem conseguir escapar
Procuro a verdade rutilante
Para poder viver e amar

Não me interessa a mim o futuro
Apenas procuro viver o presente
Vive-o comigo agora salvação! Tira-me do escuro!
Vive-o comigo que eu sou teu crente

Creio no presente feliz
Creio que contigo o consigo
Acredita em mim, não sou o único aprendiz
Vem! Vive a felicidade comigo!

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Desnorteado



Hoje o Sol não amanheceu
A chuva não choveu
E o dia ainda não acabou

Hoje o Amor não amou
A amizade não amigou
A alegria desapareceu

Neste dia
Desapareceu a folia
Chegou a verdade

Chegou sem maldade
E sem criatividade
Era o que previa

Hoje não vejo Sol no azul
Não vejo Lua no baul*
Não vejo saída do labirinto

Hoje digo a verdade e não minto
Não te sei mostrar o que sinto
Perdi o meu norte e o meu sul


*Baul=forma antiga de baú

domingo, 3 de outubro de 2010

Adeus



Quando não precisares de mim deixarte-ei
E como o orvalho da manhã desaparecerei
Quando o sentir, será a hora
E por saber que esse dia chegará, choro agora

Já esteve próximo esse fatídico dia
Nessa hora eu chorava e não sorria
Mas quando o dia chegar terei de sorrir
Porque será melhor assim, será melhor não me veres partir

Quando eu desaparecer não chorarás
Pois a minha falta não sentirás
E num só trago me esquecerás
A mim e ao que te trouxe, e nunca mais me olharás

Por saber que me vais esquecer, fico infeliz
Mas peço-te apenas por favor vive feliz
Não será por eu desaparecer que não terás alegria
Sorri para a vida, adeus até qualquer dia

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Caldo Português



(este poema estou a por aqui porque como disse que ia por vários rascunhos textos e poemas...este não se baseia no mesmo estilo que os outros...e filo ontem para o meu irmão por causa da escola...por isso aproveito...e meto aqui...é diferente dos outros mas espero que gostem a mesma ;)

Em Caldos portugueses
Onde me sinto o Zé do Povo
Trabalho para míseras férias, meses
E quando acabam volto a trabalhar de novo

Mexem, mexem e tudo fica na mesma
Este nosso povo que tanto procura
Avança que nem uma lesma
Se é que não recua á loucura

Encontra-se a boiar no caldo um pouco de tudo
E como se não bastasse parece um conto de fadas
Encontramos o Pinóquio que não é mudo
Que não se engasga nas suas afirmações “aguadas”

Se não sabeis o que fazer
Nem eu tão pouco
Não sei o que fiz para o merecer…
Bebi deste caldo e vivo como um louco

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Silêncio



Hoje, ficarei no silêncio da noite
A espera que o teu brilho me toque
Talvez assim um dia no teu coração pernoite
E a sua energia me dê “choque”

Num silêncio que cala o mundo
Vejo a tua silhueta passar
Conto cada passo, ao segundo
E tomo nota do teu respirar

Junto o antes, o depois e o agora
Tentando ser um profeta
Mas o tempo passa contigo de fora
E nada profetiza este pobre poeta

Sem profecias e no silêncio
Passo os dias de destino ao vento
E em cada manhã começa o suplício
Mas sobrevivo porque o teu ser me dá alento

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Alma Enevoada



Há névoa nos meus olhos
E isso fá-los arder
Ardem e ficam vermelhos
O que fiz eu para os ter?

Quase necessito dela para olhar a vida
Quase a necessito para viver
Quase só a ela busco pura guarida
Quase só ela me acaba por esconder

A cada dia morro nesse nevoeiro
Renasço na manhã esperando um novo dia
Mas não passa de outro negreiro
Não é novamente aquilo que eu queria

Por isso sigo os meus dias nessa neblina
Passo por eles como a fumaça
É tão presente que até parece sina
Preciso de alegria que me mate a traça

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Para ti

Dar só um momento como inesquecível seria banalizar o grande momento que é a vida! E essa sim, é inesquecível! Sê feliz e saboreia cada momento da vida!



Do meu coração e da minha alma faço flores
Faço Rosas, Margaridas e Perfeitos-Amores
Dou-tas pois a minha vida andas a colorir
Cheia de cores belas, que o meu ser andam a invadir

De Cravos brancos é feita a coroa da tua vida
São belos e tantos, mas tem cuidado não fiques ferida
Por isso nela procura sempre um Crisântemo branco e belo
Para encontrares o teu reino e chegares ao castelo

Em infinitos votos do melhor que há para ti
Sempre que precisares chama por mim e sorri
Pois com Gardênias são ditas as minhas palavras
Que espero que as saboreies e te afastem as mágoas

Assim deixo-te uma Campânula branca
Desejando que para a felicidade encontres a alavanca
E para acabar uma Íris te deixo então
Desejando que por onde passes encontres amor e paixão

Este poema é dedicado a uma menina que faz anos hoje :b Vânia este é todo teu ;) Parabens!
(para perceberem melhor o poema http://www.sobre.com.pt/significado-das-flores-conteudo-sobrecompt)

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Dá-me e eu Darte-ei




Dá-me o tempo infinito
Deixa-me nos teus olhos perder
Dá-me dessa essência que não é mito
Deixa-me toma-la e renascer

Renascer em ti e no teu olhar surgir
Juntar a minha alma a tua e fazer-te sorrir
Sorrirmos os dois por tudo aquilo que nos faz e fez feliz
Pois por muito que viva serei sempre aprendiz

Quando sorrires olha-me
Para eu sentir a tua felicidade
E com ela, “molha-me”
Pois dela beberei para a eternidade

Quando chorares chama por mim
Eu limparei as lágrimas
Se tiveres medo pensa assim:
“Tenho quem me ame e me mate as mágoas!”

Por isso deixa-me beber da tua luz
E cada vez que de mim precisares
A tua salvação o meu coração produz
Basta por mim chamares

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Espuma das palavras



Em ondas vadias
Escrevo as minhas palavras
E sem ensaios e manias
Lê os meus recados nas águas

A eles, sente-os bem na tua boca
Sente-os no peito e no corpo
Sente-os enquanto o meu coração brota
E leva os meus pensamentos a bom porto

Por não haver ondas suficientes no mar
Na areia continuo a escrita
A escrever, para contar
O amor que o meu coração debita

Mando as palavras e fico a espera
Deixo as ondas andar
Deixo tudo sair da minha esfera
Para um dia talvez, ao teu coração chegar

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Os Teus Olhos

Se eu esperasse algo dos teus olhos, seria um infeliz porque é a olha-los sem nada esperar que me sinto feliz...




Por vezes paro e fico sentado
A pensar nos teus olhos, para lá do tempo sonhado
Penso e reflicto sobre eles e sobre como são belos
Como são tão claros e de brilhos tão singelos

Se os olhar como quero
De cada vez que por ti passar
Veneralos-ei em tom sincero
E acabarás por me hipnotizar

Se esse for o preço
Estou disposto a pagar
Hipnotiza-me sou eu que te peço
Só quero para eles olhar

Por isso, para os ver, tudo faço
Até as mais espinhosas rosas abraço
E sem medos, e enfrentando toda a dor
Nunca me impedirão de escrever neles, os meus poemas de amor!

sábado, 18 de setembro de 2010

Olhem pela vossa janela




Ontem dei comigo a fazer exactamente o que a minha cadela faz…estava na janela virada para o meu quintal, com o queixo pousado no parapeito, a olhar…simplesmente olhava…e percebia como a minha cadela sabia apreciar as coisas boas da vida…sim, parece algo estúpido mas…aquela vista…não era exuberante como os jardins de Versalhes mas era “exuberante” a sua maneira…tinha uma beleza característica…a beleza da nostalgia… era isso…só percebi depois, mas havia algo ali…algo que me dava uma certa calma…e lembrei-me que basicamente a partir do dia em que a minha cadela chegou a minha casa e olhou pela janela, eu fazia o mesmo…praticamente todos os dias, a hora de comer, antes de ir para a escola alguém me chamava porque eu estava ali a janela…a olhar…a pensar, a reflectir sobre tanta coisa…aproveitando uma paisagem tão comum…uma mistura de cidade com campo, talvez um pouco brusca até…mas inexplicavelmente eu fazia-o, nuns dias durante mais tempo que outros, mas fazia-o sempre! Umas vezes com ela ao meu lado…os dois a olhar…para tudo e para nada…em silencio… a ouvir os possíveis barulhos, o vento…e a ter a certeza que a existência valia a pena…que apenas sentir o vento na cara, cheirar a relva molhada, ou até mesmo aquele velho pedaço de cimento molhado, eram motivos suficientes para justificar a minha existência…talvez para muitos seja estúpido, achar que se nasceu para cheirar cimento molhado…ou relva…mas não era isso que eu realmente cheirava…eu cheirava, e cheiro, a vida, a essência poética da vida, a realidade romântica das coisas…os pequenos pormenores, dos espaços mais comuns…sim! Eu chamo a isso sentir a vida! Sentir que cada pedaço de natureza é uma obra de arte e nós mesmos somos parte integrante dela! Talvez me achem um lunático, e depois? Que tem isso? É desta forma que entendo a vida…a olhar, a cheirar, a sentir a natureza e a vida! Aprender a ver o invisível…é isso que eu quero, quero ver o inexistente, sentir o imperceptível…saborear o insípido, quero viver e ver a vida!
Afinal, se pensarmos bem…se acham que não tenho razão… reparem que nós, ou melhor o nosso enorme planeta não passa de um pequeno pormenor, na vastidão do universo, no entanto nós vivemos nele, nós amamos, nós crescemos, somos felizes e choramos nele…porque para o resto do universo podemos ser só um pormenor, mas nós sabemos que não somos “só”, nós somos muito mais do que isso! Nos somos “O PORMENOR” ! Como, se me permitem, todos os restantes, pois cada um é “o”, e cada um é importantíssimo a sua maneira, só temos de aprender a ver, a cheirar, saborear, sentir, e nessa altura também esse pormenor fará parte da nossa felicidade… Num mundo em que andamos de um ponto de partida para uma meta…devíamos olhar melhor e apreciar o caminho, pois todas as viagens são únicas e irreversíveis, podemos até viajar para o mesmo sitio 500 vezes, e garanto-vos, estejam bem atentos porque chegaram talvez ao mesmo sitio, mas a viajem será sempre diferente e a paisagem terá sempre mais uma história para contar. Um dia ouvi “Deus está nos pormenores” na altura pareceu-me só mais uma daquelas frases feitas, muito bonitas mas muito generalistas e pouco praticas…mas cada vez mais me apercebo que não é disso que se trata, esta pequena frase transmite a 100% uma verdade e isso até mesmo para quem aceita a primeira leva tempo a compreender. Nunca vos aconteceu olharem para algo comum, algo insignificante que aos vossos olhos, pelo menos naquele momento vos levou a cabeça a frase “Isto, é arte!”? coisas simples e banais que nos transmitem sentimentos fortíssimos, ou até só pequenas brisas sentimentais…que no momento até nos parece parvo, mas que acabamos por ignorar isso…e ficamos com isso na cabeça…
O texto já vai longo…e poderia encher paginas com este assunto…mas opto por dizer apenas: Olhem a vossa volta, vivemos numa obra de arte sem sabermos, andamos a sobreviver de olhos fechados, abram os olhos e vivam! Porque a vida é um quebra-cabeças magnífico, cheio de tesouros escondido…E que tal resolve-lo?

Um dia ela chega



No outro dia tive das minhas melhores visões de sempre…talvez esperem que eu descreva uma paisagem muito bonita, com flores e natureza, mas a verdade é que a tive enquanto ia para o café…enquanto pisava o cimento molhado por uns chuviscos, a beira da estrada com carros a passar e a fazer salpicar pequenas gotas de chuva…mesmo ao passar (para quem conhece) o Peixoto…sim, nesta aparente paisagem comum, vi das mais belas coisas que há, um casal de idosos a passear a noite.
A esta altura, devem-se estar a pergunta “porque raio é isso bonito?”, bem, é bonito pelo simbolismo e por o que me fez pensar…que aquele casal com no máximo 70 anos era a prova, a prova que eu precisava para sorrir…porque eles mostravam como um dia, talvez não hoje, talvez não amanhã nem daqui a um mês, mas um dia! Um dia, todos encontrariam alguém e que seriam felizes com esse alguém… essa imagem, a verem a montra muito descansados de mãos dadas, com já uma grande vida em comum…aqueceu-me o coração e fez-me esboçar um grande sorriso provavelmente o sorriso mais parvo que as pessoas que possam ter notado já viram…mas mesmo assim eu não me importava pois ali…depois de 17 anos…apercebi-me que um dia vou ser feliz dessa forma…e que afinal não havia razões para nós chorarmos no meio de tanto desgosto amoroso (bem normal), porque afinal, o mundo tem tantos biliões de pessoas…elas nasceram todas de relações…umas com mais amor que outras, mas o que é certo é que se cá estamos devemos isso a esse facto…ao facto de que um dia teremos o que procuramos… demore o que demorar aconteça o que acontecer…havemos de o ter…por isso não devemos chorar como se o mundo acabasse amanha ou pensar que porque falhamos hoje amanha não podemos corrigir, porque é mentira, vamos sempre muito a tempo de sermos felizes, muito felizes…nem que nos reste minutos ou ate mesmo segundos de vida…a felicidade não escolhe horas nem é medida em tempo a felicidade chega porque nós lutamos por ela e não porque choramos por não a ter…Por isso em vez de chorarmos, de nos vingarmos ou de odiarmos alguém na nossa vida devíamos pensar que não é para isso que cá estamos, não viemos ao mundo para odiar, viemos para viver…e quando olho para o mundo vejo pessoas que simplesmente sobrevivem e nada mais…Lembrem-se vivam! E vivam a vossa maneira, não segundo os conceitos dos outros, e essencialmente lembrem-se que nada na vida está perdido e que “na vida só há duas palavras que abrem e fecham muitas portas : Puxe e Empurre” que tal passarem a acção? ;)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Sorri





Sorri! Deixa a alegria te levar
Deixa a poesia em ti entrar
Deixa os teus olhos brilhar
E a felicidade começa a chegar

Porque sorrir é mais do que tudo
Sorrir é alimentar a alma
É como um grito mudo
Trás a paz e a calma

Um sorriso é mais que palavras mil
Por isso sorri para a vida
Sorri! não sejas subtil
Mas vai com calma é uma longa corrida

Sorri que para ti sorrirei
Seja pelo que for não andes triste
Sorri sou o teu anjo da guarda e te protegerei
Com as asas abertas e arma em riste

Obrigado! :D

Tenho de agradecer a quem me segue desde já, ainda são poucos mas são bons e chegam bem :) agradeço pois então pelo apoio que me estão a dar ao seguirem o meu blog, espero que gostem e continuem a gostar. (quem aí anda a ver sem seguir faz favor de seguir xD que vocês vêm aqui e tal mas não aderem...) a quem é seguidor
MUITO OBRIGADO!

Cumprimentos,

O Homem Maldito

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Bom dia



Do sitio onde o sol nasceu
Deslocou-se ao meu coração e cresceu
Brilhou em mil raios e a mim me despertou
Já são poucos os meus desmaios mas a mim me conquistou

Espero que em ti também o sol seja brilhante
Espero que em ti a sua luz seja galopante
Espero que em ti te desperto todas as manhas como a mim
Ao ver o seu brilho, espero que o teu seja assim

Por isso se me permites a ousadia
Bom dia!

Lua



Á Lua, planeta meu
O meu coração aquece a cada brilho teu
Tu que influências as minhas marés de felicidade
Que iluminas em mim apenas a verdade

Tu que no escuro me iluminas
Que com tudo me fascinas
A ti que me fazes sonhar
Só te peço uma coisa:Nunca deixes de brilhar

Fuga



Fuga...Apenas me apetece fugir
Para longe do mundo e na lua surgir
Apenas o seu sorriso observar
Apenas os seus olhos fixar

Preciso de lhe tocar
Preciso de a ver
Preciso de a escutar
Preciso de a ter

Preciso de uma pura fuga
Para ao seu coração ir
Deixem-me vela
Deixem-me fugir

Eu e Tu



Eu sou a noite, tu és o dia
Eu sou a tristeza, tu és a alegria
Eu sou a calma, tu és a euforia
Eu sou o barulho, tu és a melodia

Eu sou o impuro, tu és a pureza
Eu sou a cidade, tu és a natureza
Eu sou a curva, tu és uma recta
Eu sou a partida, tu és a meta

Eu sou a realidade, tu és a ilusão
Eu sou o sangue, tu és o coração
Eu sou a morte, tu és a vida
Eu sou a tempestade, tu és a guarida

O Abraço



Se os meus braços te chegarem
Abraçarei a tua alma
E se os meus olhos não cegarem
Acariciarei o teu coração com calma

Se a minha voz for suficiente
E não apagar
Gritarei a toda a gente
Que para sempre te vou amar

Se as minhas pernas tiverem força
Correrei rápido para te ver
Nem que contra mim todo o mundo torça
Este amor não vai apodrecer

Se o meu tronco tiver essa dureza
Com ele travarei todas as balas
Dirigidas a ti na incerteza
Para te proteger que meus tumultos calas

Se a minha cabeça se superar
Resolverei todos os problemas
Pois a ti o mal não te vai tocar
Já mais sofrerei com esses dilemas

E se um dia o fim se aproximar
Mandarei para longe, para não o ver
E se ele realmente chegar
O resto da historia podemos tecer

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Noite estrelada




Na noite estrelada
Onde a Lua pode ser avistada
Bate leve e desenfreada
A luz que marca o inicio da jornada

Sobre todo o negro céu
Esbate-se a luz no mais ténue véu
Esbate-se mas não apaga
É o inicio e o fim da jornada

Nessa Noite luminosa
Onde a negrura é rainha
Morre a mais vermelha rosa
Morta por uma linha

Á noite na bruma
Olhos a brilhar
De todas as cores em suma
Que acabam por me cegar

De todos os brilhos
Um par escolho
E sigo os seus trilhos
E ao olhar sinto me pimpolho

Desta noite não me quero livrar
Pois são estas noites que me fazem palpitar
Hoje durmo a olhar para a lua
Espero por outra noite assim e deixo a alma nua

Lua Brilhante



Lua brilhante
Branca e gritante
Morta quase pelo sol escaldante
Ergue-se na calma noite cintilante
Grita e ilumina, flamejante
Dá luz e vida a cada meliante

Lua que tão longe e pert estás
Ilumina as minhas marés
As boas e as más
E mostra-te como és

Mostra-me o que queres e não queres
Mostra-me o que vês e queres ver
Mostra,pois não me feres
Mostra-me até o que eu não merecer

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Abertura II: Segundo poema

(Mais um poema que escrevi a algum tempo)

Gostava



Gostava de ser como a água a correr
E dizerte baixinho que te amo
Por entre as areias passar e pelas pedras escorrer
E ter amor em cada gota que derramo

Gostava da tua pureza no meu corpo reflectir
Ser espelho de água
O meu corpo deixar a paixão sucumbir
Ser feliz e não ter mágua

Gostava que fosses as pedras que acaricio
Que a espuma dos batimentos fosse o nosso amor
Queria que tivessemos mais consistencia que um fio
Queria que não houvesse mais dor

Gostava de estar sempre em tua volta
Terte só para mim
Não dar asos mais nenhuma revolta
Porque não me amas assim?

07/05/10 (com alterações)

Abertura: Os Primeiros Poemas

Bem aqui está um vários poemas que já escrevi, que vou usar para abrir o Blog, depois começarei a postar unicamente o que fizer/me ocorrer nos próprios dias ou com ligeiro atraso (espero que apreciem):


Há Flores no meu Jardim




Como um Flôr no Jardim
Encontreite, e floresceste em mim
E nesse cheiro a amor carregado de rosas
Encontrei a maneira de viver sem acções dolorosas

Sigo agora o caminho que tantos hipnotisa, nesse jardim
Mas tu és a flôr que me hipnotisa a mim
De tantas, tu és aquela que me rouba a atenção
És aquela que me acelera o coração

Os teus olhos são como botões de rosa
Que fazem brotar a minha alma
Nessa tua face formosa
Que me dá tanta calma

E deixando-me sem palavras
Nos meus pensamentos o teu ser cravas
E ficando sem mais declarações
Apenas digo:Aquilo que não ouves da minha boca, sente nas minhas acções

Base feita em 02/09/10 (teve uma ligeira ateração)

O Começo

Bem...antes de escrever seja o que fôr aqui...vão aqui os meus votos para que seja desta que eu começa a construir finalmente o meu blog...depois de tanto tempo...bem é assim fazendo uma apresentação rapida disto, para ninguem...visto que ninguem lê isto pelo menos por enquanto...Com este blog tenho varias ideias em mente por isso provavelmente criarei mais blogs para diferenciar o tipo de assuntos que trata... este será para eu primeiramete expôr uns rascunhos, pequenas ideias, textos, poemas... com o tempo apurarei melhor tudo e tentarei então organizar tudo melhor.

Espero que gostem

O Homem Maldito: Miguel Paupério

domingo, 8 de agosto de 2010